ouvi sua voz, voltei correndo mesmo sem saber se ela se direcionava a mim, voltei para o campo de batalha, decidi lutar, lutei, errei, me machuquei, acabei saindo correndo, eu corria me culpando, não via para onde corria, as lágrimas me cegavam, tudo doía, havia tido uma explosão, sentia tudo em pedaços em mim, cansei de correr, encostei na primeira árvore que vi, meus olhos não se secavam, meu corpo não se reconstruía, tudo berrava na minha cabeça, eu só conseguia me auto culpar, porque eu tinha que ser tão burra, maior das culpas me perseguem a meses, quando eu dizia não quando eu só queria dizer sim, sim e sim.Mas meu medo foi maior que eu, tão tola, tive medo e depois me joguei, cai, levantei, despenquei, sorri, corri, voltei, o que me adiantou ter tido medo.
Permaneço ali sentada encostada no tronco da árvore, minha respiração é fraca, meu coração não bate, meus olhos não se secam, eu joguei tudo para o auto e corri, como eu posso querer ficar longe do que me da vida? como eu posso me torturar mais? porque eu faço tudo errado? porque eu não consigo acertar em nada? não posso mais correr, não posso mais voltar.
Meus olhos começam a secar, minha respiração se torna mais calma, não, meu coração não começa a voltar a bater, ele só vai voltar quando puder ouvir sua voz de novo, só poderei voltar quando ouvir sua voz, sim, vou voltar se me chamar, se quiser me dar escudos, espadas e armaduras as pegarei de volta, se quiser que eu lute com unhas e dentes e lutarei, se me quiser apenas ali por perto estarei ali, é eu sei que tudo não pode ser assim, mas sou a lua do seu mundo, eu era um ser perdido até ver que poderia ali ficar, permaneço ali.
Mas nada que e faça, me fará voltar para abril, nada que eu faça fará eu mudar minhas palavras, nada que eu faça eu volto para aquele momento, serei eternamente uma errante tentando consertar o seu maior erro, nada me culpará mais que isso.
permaneço sentada ali.
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