sexta-feira, 13 de agosto de 2010

.paredes.

Por mais sozinha que posso estar em casa as paredes não se calam, ao tentar dormir elas passam filmes, as paredes me mostram filmes da minha própria vida.

Elas me dizem para continuar, elas mostram meus sorrisos, mostram os brilhos nos meus olhos, elas me mostram os medos que senti ao mesmo tempo que me mostram que me sentia protegida do mundo, cada passo, cada dia, cada lugar passa um filme, mostram-se lembranças, é como um filme de infância em que se assiste e sorrir ao ver seu próprio sorriso, aquele sorriso de ganhar o que mais queria, aquele sorriso que nada mais importava além de quem estava ali, como uma festa em que o importante são os amigos presentes.

Já não bastando os filmes da minha mente, tem os filmes das paredes, elas mostram meus sorrisos, mostram meu jeito bobo em que ajo perto de você, ao mesmo tempo em que meus olhos se enchem de água meu sorriso rasga meu rosto, sorrio pelas lembranças, pelos filmes passados, toda vez ao deitar e tentar dormir, as paredes se tornam cinema, e meus olhos se enchem por estar faltando você, aperto meu travesseiro com toda minha força a espera que não me faça sentir sozinha, mas nada pode fazer eu sentir mais próxima de ti.

O mais próximo de ti, são as lembranças, as paredes e as batidas do meu coração que tentam entrar em sincronia com o ar em que invadi seus pulmões. As paredes se tornam frias e torturantes sem a sua presença, elas me mostram o quanto feliz eu estive aquele dia.

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